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Morre Frei Felipinho

  • 16/02
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  • Jornalismo

Faleceu, na manhã desta terça-feira, dia 16 de fevereiro, no Hospital Policlínica, em Pato Branco, PR, Frei Felipe Gabriel Alves, carinhosamente conhecido como “Frei Felipinho”, aos 88 anos, vítima de complicações da Covid 19. De acordo com relato do guardião da Fraternidade São Pedro Apóstolo, Frei Neuri Francisco Reinisch, na manhã do dia 12, Frei Felipe começou a apresentar baixa saturação de oxigênio no sangue e, ao meio dia, também passou a ter febre. Diante dos sintomas, com recomendação médica, os frades e colaboradores mais próximos fizeram o teste para detecção do novo coronavírus e passaram a ficar isolados. Na Fraternidade, testaram positivo Frei Neuri e Frei Felipe. Por conta da idade avançada e por outras fragilidades na saúde, Frei Felipe foi internado na Policlínica para suplementação de oxigênio, administração de medicamentos e acompanhamento médico. De acordo com a equipe médica, embora clinicamente evoluísse bem, mantendo-se lúcido, responsivo e se alimentando bem, uma tomografia realizada ontem, dia 15, durante o dia, revelou importante avanço da infecção, tomando já quase 70% de ambos os pulmões, o que inspirava cuidados e grande preocupação. Com o agravamento do quadro, Frei Felipe não resistiu e veio a falecer no início da manhã de hoje.
 Estava há mais de 17 anos em Pato Branco, onde serviu com alegria à causa do Evangelho, especialmente através de suas participações no Rádio e na TV. Sempre entusiasmado e alegre, abraçava com amor e dedicação cada tarefa a ele dedicada. Tinha especial atenção pelas crianças – em todos os programas tinha um recado especial para elas - e era correspondido elas com carinho e afeto. Que o Senhor o acolha na alegria da eternidade, que Frei Felipinho, mesmo com suas lutas e limitações, procurou testemunhar com a própria vida. 
Dados pessoais, formação e atividades

29/04/1932 – Nascimento em Santa Rita de Caldas, MG (88 anos).
1944-1947 – Ingresso e estudos no Seminário de Guaratinguetá, SP.
1948-1949 – Seminário São Luís de Tolosa, Rio Negro, PR.
1950-1952 – Seminário Santo Antônio, Agudos, SP.
04/01/1953 – Ingresso no Noviciado Franciscano em Rodeio, SC.
05/01/1954 – Primeira Profissão na Ordem dos Frades Menores (67 anos de Vida Religiosa)
1954-1955 – Estudos de Filosofia, em Curitiba, PR
1956-1959 – Estudos de Teologia, em Petrópolis, PR.
05/01/1957 – Profissão Solene.
16/12/1957 – Ordenação Diaconal
03/01/1959 – Ordenação Presbiteral (62 anos de Sacerdócio)

Atividades na Evangelização

01/02/1960 - Fraternidade Santo Antônio, Rio de Janeiro, RJ – Curso de Pastoral
27/11/1960 – São Lourenço, MG.
15/01/1965 – Cabo Frio, RJ.
21/12/1968 – Santo Antônio do Pari, São Paulo, SP.
31/12/1969 – Brooklin, São Paulo, SP (Pequena Comunidade Experimental)
06/05/1971 – São Lourenço, MG, Coadjutor.
03/02/1976 – Petrópolis, RJ, Cooperador.
20/12/1976 – Lajes, SC, Cooperador e atendente conventual.
08/10/1987 – Santos, SP, Atendente conventual
23/05/1989 – Convento São Francisco, São Paulo, SP, Vigário Paroquial
07/11/2003 – Pato Branco, PR, Vigário paroquial e a serviço da Comunicação.

O frade menor

Nascido a 29 de abril de 1932, em Santa Rita da Caldas, no Sul de Minas Gerais, foi o penúltimo filho de uma família de 15 irmãos. Criado em berço católico, manteve durante toda sua vida verdadeira veneração pelo Servo de Deus Padre Alderígi Maria Torriani, de quem foi coroinha em sua terra natal. Era apaixonado divulgador da vida e das virtudes deste sacerdote, sobre quem escreveu três livros. De personalidade forte e expansiva, Frei Felipinho era muito comunicativo e tinha o dom da escrita e da palavra, Prestou importante serviço à Renovação Carismática Católica e, por muitos anos, participou de programas em diferentes emissoras de rádio e TV no Brasil. Só no Programa do Jô Soares, foi entrevistado por sete vezes.
Desde 2003 em Pato Branco, também se empenhou com carinho e alegria na produção de conteúdo para as emissoras de rádio e TV da Fundação Cultural Celinauta. Era inquieto e perfeccionista, sempre interessado em aprender. Também se destacou na concecção de novenas, foram 15, ao todo, para as mais variadas causas, entre elas: “Novena para superar todo e qualquer medo”, “Novena para quem procura um lindo casamento”, “Novena para se livrar da insônia”...

A seguir, algumas palavras do próprio Frei Felipe, retiradas de sua ficha autobiográfica preenchida em 2014.

Brincadeiras na infância
Frei Felipe era o segundo mais jovem e tinha sete irmãs que o enchiam de mimos. Sobre as brincadeiras que faziam, escreve, e também gostava de contar: “Uma das brincadeiras prediletas de minhas irmãs era fazer procissão em nosso quintal. Sabe qual era o santo que ia no andor? O Felipinho, de carne e osso, dentro de um cesto todo enfeitado”. ( Texto e foto Rede Celinauta)