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Crea-PR intensifica fiscalização em caldeiras e estações de tratamento de efluentes

  • 28/06
  • Geral
  • Jornalismo

Desde o início do mês, a Regional Pato Branco do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) deflagrou a Operação de Intensificação da Fiscalização em caldeiras e estações de tratamento de efluentes. Os fiscais estão percorrendo empresas e indústrias da região que utilizem essas instalações para verificar a existência de responsáveis técnicos e se eles estão devidamente registrados no Conselho. Até o momento, 12 estações de monitoramento de efluentes e 14 caldeiras já foram fiscalizadas no Sudoeste.

Gilmar Ritter, facilitador da Fiscalização da Regional Pato Branco do Crea-PR, explica que o objetivo da intensificação da fiscalização em caldeiras “decorre da necessidade constante de manutenção nesses equipamentos, que oferecem grande risco aos trabalhadores se não houver o devido cuidado”.

Carlos Alberto Rebelo, Engenheiro Mecânico de Pato Branco, tem 30 anos de experiência na manutenção de caldeiras e destaca a importância da manutenção preventiva.

“É preciso cercar-se de cuidados, tanto na operação quanto na manutenção das caldeiras. A verificação tem que ser diária, em função das impurezas da água”, detalha Rebelo, acrescentando que há caldeiras em fábricas de papel e compensado, frigoríficos, hospitais e outras indústrias de transformação, no Sudoeste.

Rebelo salienta que as inspeções em caldeiras são recomendadas a cada seis ou 12 meses, dependendo da capacidade. “O profissional habilitado libera o funcionamento da caldeira conforme as especificações do fabricante e também é responsável por testes e reparos. Há a necessidade de orientação qualificada para não colocar em risco a vida dos colaboradores da empresa”, alerta o Engenheiro Mecânico. Em caso de acidente, e não tendo a comprovação de responsabilidade técnica, os gestores podem ser indiciados criminalmente.

No caso das estações de tratamento de efluentes, segundo o facilitador Gilmar Ritter, a presença dos profissionais capacitados está ligada à preservação ambiental. Luiz Fernando Pijack, Engenheiro Químico de Dois Vizinhos e inspetor da Inspetoria de Francisco Beltrão do Crea-PR, trabalha há nove anos com tratamento de efluentes.

“Nas indústrias, em sua grande maioria, durante o processo de transformação das matérias-primas em produtos, são gerados efluentes que precisam ser tratados e destinados de forma ambientalmente adequada. Dentre eles, temos os resíduos sólidos, líquidos e/ou gasosos no qual o empreendedor precisa de profissionais habilitados que possam gerenciar esses tipos de efluentes”, explica.

Pijack relata que, em estações de tratamentos de efluentes líquidos, por exemplo, cada etapa atinge uma determinada eficiência. “Só o profissional habilitado saberá operar e/ou propor melhorias no tratamento para que a estação alcance o padrão de lançamento exigido conforme as legislações vigentes.”

“É importante contar com profissional habilitado, pois se houver algum desequilíbrio no processo de tratamento, ele terá condições de analisar e corrigir, tomando as ações necessárias visando a manutenção e garantindo o perfeito funcionamento das tecnologias utilizadas”, diz. O Engenheiro Químico observa que também é necessário realizar análises laboratoriais para verificar e comprovar a eficiência dos tratamentos dos efluentes líquidos e elaborar relatórios técnicos que podem ser fornecidos trimestralmente ou mensalmente, dependendo das exigências ambientais vigentes de cada tipo de indústria.

Pijack lembra ainda que os responsáveis de empresa que não fizer o tratamento correto, e lançar os efluentes líquidos fora do padrão, poderão ser autuados pelos órgãos ambientais e ser responsabilizados criminalmente. Se o desrespeito à legislação envolver também o responsável técnico, o profissional também estará sujeito à averiguação ética por parte do Crea-PR.

Texto e foto: Assessoria